Crônica
Um caso de burro
Machado de Assis
Quinta-feira à tarde, pouco mais de três horas, vi uma coisa tão interessante, que determinei logo de começar por ela esta crônica. Agora, porém, no momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu para um espetáculo, que lhe parecerá vulgar, e porventura torpe. Releve a importância; os gostos não são iguais.
Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado. O lugar não era próprio para remanso de burros, donde concluí que não estaria deitado, mas caído. Instantes depois, vimos (eu ia com um amigo), vimos o burro levantar a cabeça e meio corpo. Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando. O infeliz cabeceava, mais tão frouxamente que parecia estar próximo do fim.
Diante do animal havia algum capim espalhado e uma lata com água. Logo, não foi abandonado inteiramente; alguma piedade houve no dono ou quem quer que é que o deixou na praça, com essa última refeição à vista. Não foi pequena ação. Se o autor dela é homem que leia crônicas, e acaso ler esta, receba daqui um aperto de mão. O burro não comeu do capim, nem bebeu da água; estava já para outros capins e outras águas, em campos mais largos e eternos.
Meia dúzia de curiosos tinham parado ao pé do animal. Um deles, menino de dez anos, empunhava uma vara, e se não sentia o desejo de dar com ela na anca do burro para esperta-lo, então eu não sei conhecer meninos, porque ele não estava do lado do pescoço, mas justamente do lado da anca. Diga-se a verdade; não o fez - ao menos enquanto ali estive, que foram poucos minutos. Esses poucos minutos, porém, valeram por uma hora ou duas. Se há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo recomendada aos estudiosos.
O que me pareceu, é que o burro fazia exame de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, tinha no olhar a expressão dos meditativos. Era um trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mau entendido dos que a princípio o viram; o pensamento não é a causa da morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há dúvidas que é o exame da consciência. Agora, qual foi o exame da consciência daquele burro, é o que presumo ter lido no escasso tempo que ali gastei. Sou outro Champollion, porventura maior; não decifrei palavras escritas, mas idéias íntimas de criatura que não podia exprimi-las verbalmente
E diria o burro consigo.
“Por mais que vasculhe a consciência , não acho pecado que mereça remorso. Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa. Em toda a minha vida, se dei três coices, foi o mais, isso mesmo antes haver aprendido maneiras de cidade e de saber o destino do verdadeiro burro, que é apanhar e calar. Quando ao zurro, usei dele como linguagem. Ultimamente é que percebi que me não entendiam, e continuei a zurrar por ser costume velho, não com idéia de agravar ninguém. Nunca dei com homem no chão. Quando passei do tílburi ao bonde, houve algumas vezes homem moto ou pisado na rua, mas a prova de que a culpa não era minha, é que nunca segui o cocheiro na fuga; deixava-me estar aguardando autoridade.”
“Passando à ordem mais elevada de ações, não acho em mim a menor lembrança de haver pensado sequer na perturbação da paz pública. Além de ser a minha índole contrária a arruaças, a própria reflexão me diz que, não havendo nenhuma revolução declarado os direitos do burro, tais direito não existem. Nenhum golpe de estado foi dado em favor dele; nenhuma coroa os obrigou. Monarquia democracia, oligarquia, nenhuma forma de governo, teve em conta os interesses da minha espécie. Qualquer que seja o regímen, ronca o pau. O pau é a minha instituição um pouco temperada pela teima que é, em resumo, o meu único defeito. Quando não teimava, mordia o freio dando assim um bonito exemplo de submissão e conformidade. Nunca perguntei por sóis nem chuvas; bastava sentir o freguês no tílburi ou o apito do bonde, para sair logo. Até aqui os males que não fiz; vejamos os bens que pratiquei.”
“A mais de uma aventura amorosa terei servido, levando depressa o tílburi e o namorado à casa da namorada - ou simplesmente empacando em lugar onde o moço que ia no bonde podia mirar a moça que estava na janela. Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor importuno. Ensinei filosofia a muita gente, esta filosofia que consiste na gravidade do porte e na quietação dos sentidos. Quando algum homem, desses que chamam patuscos, queria fazer rir os amigos, fui sempre em auxílio deles, deixando que me dessem tapas e punhadas na cara. Em fim...”
Não percebi o resto, e fui andando, não menos alvoroçado que pesaroso. Contente da descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver que um burro tão bom pensador ia morrer. A consideração, porém, de que todos os burros devem ter os mesmos dotes principais, fez-me ver que os que ficavam, não seriam menos exemplares do que esse. Por que se não investigará mais profundamente o moral do burro? Da abelha já se escreveu que é superior ao homem, e da formiga também, coletivamente falando, isto é, que as suas instituições políticas são superiores às nossas, mais racionais. Por que não sucederá o mesmo ao burro, que é maior?
Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de Novembro, achei o animal já morto.
Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo repugnante; mas a infância, como a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não havia cadáver nem nada. Assim passam os trabalhos deste mundo. Sem exagerar o mérito do finado, força é dizer que, se ele não inventou a pólvora, também não inventou a dinamite. Já é alguma coisa neste final de século. Requiescat in pace.
Ao término da leitura da crônica, poste um pequeno resumo de + ou - 10 linhas colocando as suas impressões sobre a mesma , observando as características da narrativa.
Bom Trabalho
9º Ano
Magda Prado
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
RESSIGINIFICAÇÃO DO ENSINO MÉDIO
REPELENTE CONTRA A DENGUE
FAÇA O REPELENTE DOS PESCADORES EM CASA
½ litros de álcool;
1 pacote de cravo da Índia (10gramas);
1 vidro de óleo corporal;
Deixe o cravo curtindo no álcool por 4 dias agitando, cedo e de tarde.Depois coloque o óleo corporal(pode ser de nene, amêndoas, camomila, erva-doce, aloe vera).
Passe só uma gota no braço e pernas eo mosquito foge comodo!
O repelente evita que o mosquito sugue o sangue, assim, ele não consegue maturar os ovos e vai diminuindo a proliferação.
A comunidade toda pode usar como num multirão.
Não forneça sangue para o aedes aegypti!
Ioshiko Nobukuni - sobrevivente da dengue hemorrágica.
RELATÓRIO DAS AÇÕES REALIZADAS NO PERÍODO DOS MESES DE FEVEREIRO A ABRIL – DIA ESPECIAL DE COMBATE À DENGUE
Foi realizado nesta unidade escolar nos meses de fevereiro, março e abril o trabalho de combate à Dengue.
Os coordenadores de cada turno juntamente com os professores fizeram uma explanação sobre a doença, seus principais sintomas, como se prevenir, e principais locais de risco.
Foram espalhados cartazes e distribuidos muitos panfletos aos alunos, assim como uma receita de um repelente natural contra o mosquito da dengue.
O combate à dengue é trabalhado no dia a dia em interdisciplinaridade nas disciplinas de Ciências e Biologia.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Histórico do Colégio Estadual Professora Maria Angélica de Oliveira
O Colégio Professora Maria Angélica de Oliveira foi inaugurado no dia 10 de maio de 1964 na gestão do então Prefeito Dr. José Saad. Na solenidade estavam presentes autoridades eclesiásticas, civis, diretoras, pais de alunos e convidados.
A segunda inauguração aconteceu em maio de 1999 com a entrega do novo prédio para o funcionamento do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Foi reconstruído o novo prédio, totalmente ampliado, com novas estruturas: 01 diretoria, 01 secretaria, 01 cantina com uma dispensa, 02 banheiros (masculino e feminino), 02 banheiros para portadores de necessidades especiais (masculino e feminino), 01 sala dos professores com uma dispensa, 01 pátio coberto, 08 salas de aula, 01 biblioteca e 01 laboratório de informática.
A escola recebeu o nome da Professora Maria Angélica de Oliveira, nascida em Jenuário-MG em 17 de setembro de 1869.
Em 1918 D. Maria Angélica se mudou de Posse-GO para Formosa, onde viveu até a sua morte em 31 de maio de 1962. Exerceu sempre o cargo de Professora primária, até 1930 quando se aposentou.
A segunda inauguração aconteceu em maio de 1999 com a entrega do novo prédio para o funcionamento do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Foi reconstruído o novo prédio, totalmente ampliado, com novas estruturas: 01 diretoria, 01 secretaria, 01 cantina com uma dispensa, 02 banheiros (masculino e feminino), 02 banheiros para portadores de necessidades especiais (masculino e feminino), 01 sala dos professores com uma dispensa, 01 pátio coberto, 08 salas de aula, 01 biblioteca e 01 laboratório de informática.
A escola recebeu o nome da Professora Maria Angélica de Oliveira, nascida em Jenuário-MG em 17 de setembro de 1869.
Em 1918 D. Maria Angélica se mudou de Posse-GO para Formosa, onde viveu até a sua morte em 31 de maio de 1962. Exerceu sempre o cargo de Professora primária, até 1930 quando se aposentou.
Dez princípios para um bom Professor
Apresentamos um decálogo contendo dez princípios para atividade docente de um bom professor do terceiro milênio, século marcado pela informação e pelo conhecimento tecnológico. O professor do século XXI é aquele que, além da competência, habilidade interpessoal, equilíbrio emocional, tem a consciência de que mais importante do que o desenvolvimento cognitivo é o desenvolvimento humano e que o respeito às diferenças está acima de toda pedagogia.. A função do bom professor do século XXI não é apenas a de ensinar, mas de levar seus alunos ao reino da contemplação do saber.
Prof: Vicente Martins
Eis então os dez passos na direção de uma pedagogia do desenvolvimento humano:
Aprimorar o educando como pessoa humana. A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas. A escola não pode se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma. De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie. Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens.
Preparar o educando para o exercício da cidadania. Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso para o exercício exemplar e pleno da cidadania. O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos dezoito anos, tiram suas carteira de identidade civil, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, política e econômico no meio social.
Construir uma escola democrática. A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores que atuarão no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio em que não arredam pé, não abrem mão. Quanto mais a escola for democrática, mais transparente. Quanto mais a escola é democrática, menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com eqüidade as demandas sociais. Quanto mais exercitamos a gestão democrática nas escolas, mais no preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada. Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de educação superior e estar preparado para tarefas de gestão na governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãos governamentais. Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia.
Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho. Por mais que a escola qualifique seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, era sempre estará marcando passo frente às novas transformações cibernéticas, mas a escola, através de seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que eqüivale a dizer a oferecer instrumentos para dar respostas, não acabadas ( porque a vida é processo inacabado) às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.
Fortalecer a solidariedade humana. É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre as pessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana. Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de sua adesão às causas do ser e apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses da coletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade.
Fortalecer a tolerância recíproca. Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando. A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando. Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferente dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos.
Zelar pela aprendizagem dos alunos. Muitos de nós professores, principalmente os do magistério da educação escolar, acreditam que o importante, em sala de aula, é o instruir bem, o que pode ser traduzido, ter domínio de conhecimento da matéria que ministra aula. No entanto, o domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adiante e conhecimento e não saber, de forma autônoma e crítica, aplicar as informações? O conhecimento não se faz apenas com metalinguagem, com conceitos a, b ou c, e sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental. O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação daqueles que têm dificuldade de assimilar informações, sejam por limitações pessoais ou sociais. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, marcada pela troca de idéias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se cogita o insucesso do aluno. Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. Quando o aluno sofre com o insucesso, também fracassa o professor. A ordem, pois, é fazer sempre progredir, dedicar-se mais do que as horas oficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer que nosso magistério é missão, às vezes árdua, mas prazerosa, às vezes sem recompensa financeira condigna que merecemos, mas que pouco a pouco vamos construindo a consciência na sociedade, principalmente a política, de que a educação, se não é panacéia, é o caminho mais seguro para reverter as situações mais inquietantes e vexatórias da vida social.
Colaborar com a articulação da escola com a família. O professor do novo milênio deve ter em mente que o profissional de ensino não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo. Articular-se com as famílias é a primeira missão dos docentes, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula. Quanto mais conhecemos a família dos nossos alunos, mais os entendemos e mais os amamos. Uma criança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto, coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem os quais nossa ensinança fica coxa, não vai adiante, não educa. A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar, mas nada impede que os pais possam ajudar nos desafios da pedagogia dos docentes nem inoportuno é que os professores se aproximam dos lares para conhecerem de perto a realidade dos alunos e possam juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma pedagogia de conhecimento mútuo, compartilhado e mais solidário.
Participar ativamente da proposta pedagógica da escola. A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretores da escola. Cabe ao professor participar do processo de elaboração da proposta pedagógica da escola até mesmo para definir de forma clara os grandes objetivos da escola para seus educandos. Um professor que não participa, se trumbica, se perde na solidão de suas aulas e não tem como pensar-se como ser participante de um processo maior, holístico e globalizado. O mundo globalizado para o professor começa por sentir-se parte no seu chão das decisões da escola, da sua organização administrativa e pedagógica.
Respeitar as diferenças. Se de um lado, devemos levantar a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança na dessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças de linguagem, às variedades lingüísticas e culturais, é a grande tarefa dos educadores do novo milênio. O respeito às diferenças não tem sido uma prática no nosso cotidiano, mas, depois de cinco séculos de civilização tropical, descobrimos que a igualdade passa pelo respeito às diferenças ideológicas, às concepções plurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e de ser feliz dos gêneros humanos. O educador, pois, deve ter a preocupação é reeducar-se de forma contínua uma vez que nossa sociedade ainda traz no seu tecido social as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais. Nossa missão, é dizer que podemos amar, viver e ser felizes com as diferenças, pois, nelas, encontraremos nossas semelhanças históricas e ancestrais: é, dessa maneira, a nossa forma de dizer ao mundo que as diferenças nunca diminuem, e sim, somam valores e multiplicam os gestos de fraternidade e paz entre os homens.
Pela manhã, o bom religioso, abre o livro sagrado e reflete sobre o bem e o mal. Por um feliz amanhã, o bom professor abre a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e aprende a conciliar o conhecimento e a humanidade.
Sobre o Autor: O professor Vicente Martins é graduado e pós-graduado em Letras pela UECE com mestrado em Educação pela UFC. Atualmente, Professor do Centro de Letras da UVA (Sobral, CE).
Prof: Vicente Martins
Eis então os dez passos na direção de uma pedagogia do desenvolvimento humano:
Aprimorar o educando como pessoa humana. A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas. A escola não pode se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma. De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie. Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens.
Preparar o educando para o exercício da cidadania. Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso para o exercício exemplar e pleno da cidadania. O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos dezoito anos, tiram suas carteira de identidade civil, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, política e econômico no meio social.
Construir uma escola democrática. A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores que atuarão no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio em que não arredam pé, não abrem mão. Quanto mais a escola for democrática, mais transparente. Quanto mais a escola é democrática, menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com eqüidade as demandas sociais. Quanto mais exercitamos a gestão democrática nas escolas, mais no preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada. Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de educação superior e estar preparado para tarefas de gestão na governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãos governamentais. Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia.
Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho. Por mais que a escola qualifique seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, era sempre estará marcando passo frente às novas transformações cibernéticas, mas a escola, através de seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que eqüivale a dizer a oferecer instrumentos para dar respostas, não acabadas ( porque a vida é processo inacabado) às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.
Fortalecer a solidariedade humana. É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre as pessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana. Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de sua adesão às causas do ser e apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses da coletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade.
Fortalecer a tolerância recíproca. Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando. A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando. Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferente dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos.
Zelar pela aprendizagem dos alunos. Muitos de nós professores, principalmente os do magistério da educação escolar, acreditam que o importante, em sala de aula, é o instruir bem, o que pode ser traduzido, ter domínio de conhecimento da matéria que ministra aula. No entanto, o domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adiante e conhecimento e não saber, de forma autônoma e crítica, aplicar as informações? O conhecimento não se faz apenas com metalinguagem, com conceitos a, b ou c, e sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental. O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação daqueles que têm dificuldade de assimilar informações, sejam por limitações pessoais ou sociais. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, marcada pela troca de idéias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se cogita o insucesso do aluno. Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. Quando o aluno sofre com o insucesso, também fracassa o professor. A ordem, pois, é fazer sempre progredir, dedicar-se mais do que as horas oficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer que nosso magistério é missão, às vezes árdua, mas prazerosa, às vezes sem recompensa financeira condigna que merecemos, mas que pouco a pouco vamos construindo a consciência na sociedade, principalmente a política, de que a educação, se não é panacéia, é o caminho mais seguro para reverter as situações mais inquietantes e vexatórias da vida social.
Colaborar com a articulação da escola com a família. O professor do novo milênio deve ter em mente que o profissional de ensino não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo. Articular-se com as famílias é a primeira missão dos docentes, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula. Quanto mais conhecemos a família dos nossos alunos, mais os entendemos e mais os amamos. Uma criança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto, coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem os quais nossa ensinança fica coxa, não vai adiante, não educa. A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar, mas nada impede que os pais possam ajudar nos desafios da pedagogia dos docentes nem inoportuno é que os professores se aproximam dos lares para conhecerem de perto a realidade dos alunos e possam juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma pedagogia de conhecimento mútuo, compartilhado e mais solidário.
Participar ativamente da proposta pedagógica da escola. A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretores da escola. Cabe ao professor participar do processo de elaboração da proposta pedagógica da escola até mesmo para definir de forma clara os grandes objetivos da escola para seus educandos. Um professor que não participa, se trumbica, se perde na solidão de suas aulas e não tem como pensar-se como ser participante de um processo maior, holístico e globalizado. O mundo globalizado para o professor começa por sentir-se parte no seu chão das decisões da escola, da sua organização administrativa e pedagógica.
Respeitar as diferenças. Se de um lado, devemos levantar a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança na dessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças de linguagem, às variedades lingüísticas e culturais, é a grande tarefa dos educadores do novo milênio. O respeito às diferenças não tem sido uma prática no nosso cotidiano, mas, depois de cinco séculos de civilização tropical, descobrimos que a igualdade passa pelo respeito às diferenças ideológicas, às concepções plurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e de ser feliz dos gêneros humanos. O educador, pois, deve ter a preocupação é reeducar-se de forma contínua uma vez que nossa sociedade ainda traz no seu tecido social as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais. Nossa missão, é dizer que podemos amar, viver e ser felizes com as diferenças, pois, nelas, encontraremos nossas semelhanças históricas e ancestrais: é, dessa maneira, a nossa forma de dizer ao mundo que as diferenças nunca diminuem, e sim, somam valores e multiplicam os gestos de fraternidade e paz entre os homens.
Pela manhã, o bom religioso, abre o livro sagrado e reflete sobre o bem e o mal. Por um feliz amanhã, o bom professor abre a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e aprende a conciliar o conhecimento e a humanidade.
Sobre o Autor: O professor Vicente Martins é graduado e pós-graduado em Letras pela UECE com mestrado em Educação pela UFC. Atualmente, Professor do Centro de Letras da UVA (Sobral, CE).
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Dia "D" de Combate a Dengue .
Na semana passada , foi realizado em nossa escola o Dia "D" de combate a Dengue . Foram apresentadas peças teatrais pelos alunos e também aconteceram palestras , todas relacionadas ao tema . Felizmente os alunos e a comunidade escolar do CEMA estão consciêntes sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação da Doença.
No dia 07 de maio de 2010 , foi realizada em nossa Unidade Escolar , uma festa em homenagem às mães de todos os nossos alunos . Festa esta que diga -se de passagem foi muito bem organizada e bem animada . Varios alunos participaram de apresentações de dança e também teatro , foram distribuidos muitos brindes e lembranças para todas as mães , a festa contou até com comes e bebes , foi muito legal . Parabens à direção e cordenação pela organização da festa .
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Semana da Paz
A Bíblia diz em Mateus 5 : 9 "Bem- aventurados os pacificadores, porque eles serão No Colégio Maria Angélica de Oliveira foi realizada uma semana dedicada exclusivamente à PAZ. A semana da Paz. Teve início no dia 15/03 à 19/03/2010, onde todos os alunos e funcionários tiveram participação efetiva na elaboração, ornamentação e execução do evento.
A abertura da Semana da Paz nesta U.E.deu-se com a entrega simbólica da Bandeira da Paz pelos alunos e professores do Colégio Presidente Vargas. Esteve presente também a este ato solene, representando a S.R.E. a professora Edna.
fazer da nossa comunidade escolar e da nossa vida um instrumento de paz. Podemos ser felizes quando fazemos esforço em manter a paz em nossas relações pessoais. As apresentações foram escolhidas visando interagir os alunos com a comunidade escolar onde estamos inseridos para que eles pudessem demonstrar que todos estão voltados e preocupados com os acontecimentos ao nosso redor. Temos obrigação de acordarmos para a realidade, afinal repartimos essa mesma realidade com todos.
A abertura da Semana da Paz nesta U.E.deu-se com a entrega simbólica da Bandeira da Paz pelos alunos e professores do Colégio Presidente Vargas. Esteve presente também a este ato solene, representando a S.R.E. a professora Edna.
fazer da nossa comunidade escolar e da nossa vida um instrumento de paz. Podemos ser felizes quando fazemos esforço em manter a paz em nossas relações pessoais. As apresentações foram escolhidas visando interagir os alunos com a comunidade escolar onde estamos inseridos para que eles pudessem demonstrar que todos estão voltados e preocupados com os acontecimentos ao nosso redor. Temos obrigação de acordarmos para a realidade, afinal repartimos essa mesma realidade com todos.
Movimento cidadania e paz
No Colégio Maria Angélica de Oliveira foi realizada uma semana dedicada exclusivamente à PAZ. A semana da Paz. Teve início no dia 15/03 à 19/03/2010, onde todos os alunos e funcionários tiveram participação efetiva na elaboração, ornamentação e execução do evento.
A abertura da Semana da Paz nesta U.E.deu-se com a entrega simbólica da Bandeira da Paz pelos alunos e professores do Colégio Presidente Vargas. Esteve presente também a este ato solene, representando a S.R.E. a professora Edna.
Em seguida ouve o hasteamento das Bandeiras do Brasil, do C.E.M.A. e da Paz.
É comum observarmos ao nosso redor através dos meios de comunicação notícias e mais notícias à respeito da violência. Violências estão presente no cotidiano dos brasileiros: violência familiar, urbana, doméstica, contra crianças, idosos indefesos e inúmeras outras. Todos nós procuramos entender o “porquê” de tanta violência. Para combater essa violência declarada e em função da busca pela paz desenvolve-se nas Unidades Escolares atividades que envolvam os alunos, professores e comunidade adjacentes que implicam no amplo processo participativo e na busca da mudança do nosso jeito de pensar, na promoção do aprendizado da paz, da ética, da solidariedade, da cidadania ativa e da justiça. Um dos objetivos principais dessas atividades é trabalhar no sentido de substituir a cultura da violência por uma nova cultura onde cada ser é responsável pelo ambiente em que vive.
A abertura da Semana da Paz nesta U.E.deu-se com a entrega simbólica da Bandeira da Paz pelos alunos e professores do Colégio Presidente Vargas. Esteve presente também a este ato solene, representando a S.R.E. a professora Edna.
Em seguida ouve o hasteamento das Bandeiras do Brasil, do C.E.M.A. e da Paz.
É comum observarmos ao nosso redor através dos meios de comunicação notícias e mais notícias à respeito da violência. Violências estão presente no cotidiano dos brasileiros: violência familiar, urbana, doméstica, contra crianças, idosos indefesos e inúmeras outras. Todos nós procuramos entender o “porquê” de tanta violência. Para combater essa violência declarada e em função da busca pela paz desenvolve-se nas Unidades Escolares atividades que envolvam os alunos, professores e comunidade adjacentes que implicam no amplo processo participativo e na busca da mudança do nosso jeito de pensar, na promoção do aprendizado da paz, da ética, da solidariedade, da cidadania ativa e da justiça. Um dos objetivos principais dessas atividades é trabalhar no sentido de substituir a cultura da violência por uma nova cultura onde cada ser é responsável pelo ambiente em que vive.
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